Em terras vulcânicas e selvagens, ricas em história
As ilhas de São Tomé e Príncipe são tão pequenas (1.001 km2) que muitas vezes são invisíveis nos mapas mundiais. No entanto, elas têm uma localização privilegiada no cruzamento da linha do equador e dos meridianos de Greenwich.
Desde 1470, altura em que foram descobertas, estas terras férteis de origem vulcânica, ricas em minerais e oligoelementos multiplicam as suas produções de cana-de-açúcar, cacau, café e, claro… coco !
Hoje, os coqueirais representam vários milhares de hectares, cujos cocos são diariamente colhidos. A extrema resistência dos cocos aos caprichos do clima permite que os coqueiros se auto replantem quando os cocos caídos germinam no solo.
©Birdlife Africa
A milenar cultura do coco
Atrás das praias de areia fina está uma natureza exuberante de palmeiras, coqueiros, cacaueiros, cafeeiros, bem como muitas espécies endêmicas protegidas. As ondas a quebrar nos recifes, o vento a dançar entre as árvores do misteriosos “0bô” (floresta, em linguagem local) e as sinfonias criadas pelas mais maravilhosas e raras espécies de passarinhos que encontramos nestas ilhas, relembra-nos, todos os dias, o porquê de as preservarmos com tanto carinho.
Os santomenses vivem o seu dia a dia com uma particularidade muito especial: sempre com um sorriso cheio de sabedoria, haja chuva, sol ou tempestades tropicais! O ditado tradicional “Leve-Leve” (tranquilamente) descreve esta cultura na sua perfeição.
É nesse ambiente que nossos produtores cultivam os seus coqueiros e passam ao próximo este jeito tão especial do “saber-fazer”.
A colheita do coco é feita manualmente em pequenas parcelas. Com a ajuda da União Europeia e das comunidades locais, trabalhamos com os produtores para definir os projetos de reabilitação dos coqueirais e implementamos todas as ações necessárias para preservar a biodiversidade dessas mesmas parcelas.
Nossos valores e compromissos equitativos
Em missão a São Tomé e Príncipe, em 2014, Guillaume Taufflieb, engenheiro agrónomo francês, ficou emocionado ao ver milhares de cocos abandonados. Éric, Guillaume e Jean-Philippe, em parceria com o Grupo Duval, fundaram então a empresa Valúdo, com os objectivos de :
- Desenvolver um grupo de produtores com alta responsabilidade social,
- Reabilitar coqueiros e preservar sua biodiversidade,
- Participar do desenvolvimento econômico da ilha.
A empresa VALÚDO (“coco seco” em crioulo) criou, assim, de A a Z, uma cadeia de comércio justo de produtores de coco.
Esta emocionante aventura começou com um agrupamento de agricultores, com os quais encontrámos uma forma amistosa de trabalhar, uma logística adequada e um preço de compra de coco motivador acompanhado de compromissos de longo prazo.
A nossa produção local
Para oferecer aos seus clientes produtos biológicos de alta qualidade de acordo com as suas necessidades, a VALÚDO organizou a sua atividade de forma a controlar toda a cadeia de valor, desde a colheita no campo até à entrega ao cliente.
A gestão da cadeia de produtores dedicados garante-nos variedades de altíssima qualidade 100% biológicas. Organizamos a logística para chegar aos produtores, mesmo os mais distantes.
A produção é distribuída ao longo do ano e permite cumprir as encomendas dos clientes uniformemente, garantindo um rendimento regular aos nossos produtores.
As fibras que protegem e enfeitam os cocos são retiradas e seguidamente os mesmos são partidos manualmente. Posto isto, a sua polpa é ralada e desidratada em temperatura rigorosamente controlada. O óleo é extraído por primeira prensagem a frio usando um parafuso sem-fim fino que preserva as qualidades intrínsecas da fruta para um óleo de primeira qualidade. Todas as análises de qualidade são realizadas em laboratórios internacionais credenciados pelo COFRAC.
Uma imersão em nosso quotidiano
©crédito do vídeo: M6 – Zone Interdite